20.9.06

Fé, Oração e Universalidade, por André Bandeira

Três Cruzes no portinho da Arrábida (foto Lucy Pepper)
Há um pedreiro italiano, Ulberico Lambertucci, que descobriu a corrida aos 50 anos. Já lá vão outros anos, tem-se dedicado a correr por esse Mundo fora, primeiro com a sponsorização dos seus amigos de paróquia ou seja umas palmadas nas costas e uns abafadinhos, depois, com pouco mais do que isso, de modo que só lhe fizeram uma reportagem na TV, depois de ter atravessado a Ásia.

Foi a correr até Fátima mas primeiro até Loreto, do Santo Padre Pio, aquele das chagas nas mãos. Quando chegou a Loreto, passou pelo padre e pelos amigos que o esperavam, sem dizer nem xim nem mim e entrou na Igreja. Depois voltou aos amigos e disse, "primeiro Nossa Senhora, depois os amigos".

Entretanto viu que João Paulo II tinha problemas com a China, a Igreja subterrânea, o juramento de fidelidade da Igreja oficial à Constituição, as prisões, etc. Calou-se e foi a correr até à China. Demorou 180 dias, teve uma festazita no Kazquistão em que a gente de lá lhe deu o que pôde, o Governador recebeu-io dizendo o que admiravam a Itália e seguiu.

Perguntaram-lhe o que faz a maior parte do tempo que corre, por essas estepes, nevões e lamaçais, sózinho. Ulberico responde: 'a maior parte do tempo, rezo".

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