Ao irmão António, meu bispo, o irmão Francisco
envia saudações. Tenho gosto em que ensines aos irmãos a sagrada teologia, desde que, com o estudo, não se extinga neles o espírito da santa oração e devoção como está escrito na Regra.
envia saudações. Tenho gosto em que ensines aos irmãos a sagrada teologia, desde que, com o estudo, não se extinga neles o espírito da santa oração e devoção como está escrito na Regra.
( Reproduzido de http://teologia777.blogspot.com/ )
6 comments:
Caro Irmão Blogger:
Experimente ser S.Francisco de Assis nos dias de hoje (ou viver segundo a regra dele) e depois ouse publicar de novo esta mensagem nos dias de hoje.
Lembrete: O Pe. Melícias foi director da Santa Casa, que é a responsável pela Lotaria - e esta Lotaria "at its inception" foi uma ideia de Casanova, o libertino.
Por outro lado, não sei bem como o irmão Francisco veria o Cardeal Bertone a chegar de Mercedes topo de gama, de vidro fumado, ao Palácio de Belém, nem como encararia aquela biretta judaica no alto da sua cabeça.
Dir-lhe-ia: irmão Cardeal Bertone, tenho gosto em que fales ao Presidente Cavaco (que não sabe falar português como tu, de resto), desde que não se extinga nele o espírito da santa oposição e humildade pessoal como está escrito na Regra.
Um Irmão Blogger
ex-franciscano
Caríssimo irmão ex-franciscano:
rendo-me perante o seu testemunho. Só acho que se foi franciscano a sério e a fundo nunca o deixará de o ser, sobretudo depois de sair da instituição. As instituições geram a ordem e mediocridade. Depende de quem lá está dizer qual prevalece.
Caro Irmão Franciscano,
fique em paz que o Melícias não passa de lubrificante do poder - conhece todos os répteis e mais rastejantes das câmaras e parlamentos.
Caro MCH este quadro do Irmão Francisco parece a Union Jack cruzada com a bandeira francesa ou argentina. Não é pintura moderna nem antiga, é um terceiro género para paróquia de terceiro mundo, desligada da tradição da boa pintura. Deve ter sido feito em computador.
É que ele há tanto quadro excelente do S.Francisco na escola italiana, mesmo portuguesa (embora infintamente menos) que dói ver este mamarracho.
Carlos Drago
Caro CD: Touche! Claro que V. tem razao na estetica do mau gosto cristao do quadro: nao tenho desculpa nesse ponto: quis mostrar que na tradicao esta viva e fui buscar um pintor dos macdonalds.
Tmabem nao aprecio muiuto os santarroes hipersofredores da escola portuguesa. O Caravaggio pintou S. Francisco?
Faça copy and paste deste link no seu motor:
http://www.ladysmaidjewels.com/MTblog/archives/2003_09.html
Caravaggio não podia deixar de passar por S.Francisco. Quem pode?
The Ecstasy of St. Francis, Caravaggio, ca. 1595
Now we come to a most baroque representation of the subject. Caravaggio's image is unique, yet wholly in keeping with the spirit of the time. He has done away with the solid landscape and focussed only on the saint and the angel that comforts him. The ecstasy is over and he has swooned into the angel's arms. A divine light illuminates the two figures, while all else is in darkness. Caravaggio's figures seem more realistic to our modern eyes than either of the others, yet the painting is more mystical than either of the earlier works. The angel - who looks like an ordinary young boy with wings - is bathed in that ethereal light, giving him a heavenly glow. This image does not give us concrete clues and iconography. Instead we are presented with a picture of an emotion, of a spiritual experience that cannot be read but must be felt. This is what makes this painting baroque.
Carlos Drago
PS - Concordo com a sua descrição do hiper-penticencialismo dalguma pintura portuguesa que, no entanto náo deixa de ser psico-sociologicamente interessante, pois caracteriza uma certa postura mental ainda presente, e não de modo simplesmente vestigial, na colectiva e jungiana consciência. Antes em pleno modus operandi, daí as confusões pagãs sado-masoquistas do catolicismo à portuguesa, horto de suplícios sem fim, arredio a abrir-se ao frisson de uma alegria de ver todas as coisas novas, alegria essa que entrou no mundo, há dois mil anos e poucos anos, pela porta inesperada e obscura da Galileia.
Muito bom, CD e obrigado. Já fui ver os links e basicamente lembrei-me do Caravaggio pela sua intensidade humanista para compensar as flatulências místicas que amiúde sacodem as representações do Poverello.
Como saberá pelo meu intertesse em Eric Vioegelin a minha visão de S. Francisco é marcada pelo seu significado humanista
Veja
http://pwp.netcabo.pt/netmendo/SHIP%202%20Francisco%20de%20Assis.htm
Destaco a passagem:
" São Francisco imita o homem Jesus a partir de uma nova compreensão do sofrimento sacrificial e da humildade na terra. Trata-se de um novo entendimento da dignidade do sofrimento e da criação sem voz. São Francisco é espantosamente sensível à criação divina onde ela é mais “criada” e menos auto-afirmativa: sofredores, pobres, doentes e moribundos, animais, flores e a ordem silenciosa do cosmos. Francisco utiliza fórmulas escatológicas duras mas o sentimento que o move não renega o mundo; pelo contrário, adiciona-lhe uma dimensão até então silenciada no cristianismo."
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