26.1.08
O fim da América - 1
Sobre o papel futuro dos Estados Unidos, nada melhor que começar pelas palavras de MAnuel Antunes - agora reeditado pela mão de José Eduardo franco e da sua equipa - sobre The Quiet American: “Sátira do homem americano, idealista, e ingénuo cheio de boas intenções crente nas grandes palavras abstractas e nas grandes teorias livrescas que age - ou crê agir - por desinteresse mas que ao mesmo tempo vai fazendo o seu negociozinho; que se apresenta como portador de uma larga bondade generosa mas cujas empresas por falta de fundo sentido humano, redundam em verdadeiros desastres.” Escritas em 1967, estas palavras têm um sentido antecipador, à luz dos acontecimentos precipitados pelo 11 de Setembro de 2001. O “americano tranquilo”, e poderíamos dizer o “americano de exportação”, é o homem das ideologias vagas, dos slogans, das receitas gerais para males que são essencialmente particulares, da ausência do sentimento do trágico. A América confrontara-se com a tragédia histórica com a Guerra do Vietname e repetiu o facto com a Guerra do Iraque. O poder americano gosta de Guerras Asiáticas. Veremos porquê...
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