4.10.05

Imperialismo IV - JOSEPH SCHUMPETER


Um dia Lissy Voegelin, mulher de Joseph Schumpeter, perguntou a Frau Schumpeter o que o ilustre economista marido dela pensava do seu ilustre marido filósofo Eric Voegelin. Frau Schumpeter responder "Jo diz que Eric não percebe nada de economia". Será que Schumpeter percebia de impérios ?
Schumpeter era um radical liberal com tendências socialistas mas não marxistas. Para ele, o imperialismo era um resíduo de outros tempos, "um atavismo" da era capitalista, uma sobrevivência pré-industrial de épocas e estruturas políticas passadas. Define-o como "a disposição insensata por parte do estado para uma expansão ilimitada e inevitável". Não resulta de interesses económicos mas de uma atitude das classes dominantes. As guerras da expansão são um elemento necessário para a preservação de “estruturas feudais” "o nacionalismo é uma consciência assertiva do carácter nacional juntamente com um sentido agressivo do superioridade". É uma visão liberal um tanto idealizada das tendências do capitalismo: desenvolvimento pacífico através do comércio internacional. Schumpeter considera o trabalhador industrial moderno como um pacifista que se opõe vigorosamente às tendências imperialistas: "o capitalismo é, por sua própria natureza, anti--imperialista". O desenvolvimento dos mercados rouba espaço ao imperialismo e o desenvolvimento da democracia aos monopólios. As limitações desta concepção de laissez-faire estão à vista: o faire é uma idealização do laissez. Já em 1918 esta posição não era correcta.
Excertos traduzidos de The Sociology of Imperialism, 1918 http://www.fordham.edu/halsall/mod/1918schumpeter1.html