Cá estamos no dia em que nasceram Afonso V "o Africano", (1438-1481), Martin Luther King Jr, Aristóteles, Onassis, e Molière. Boa ocasião para pensar na farsa da astrologia, apesar dos muitos ascendentes, quadrantes e oposições que se apresentem para corrigir os signos no nascimento de gente tão diversa. Certo é que a inteligência dos séc. XVI e XVII condenava os horóscopos não por serem falsos mas por atentarem contra a liberdade humana. E nisto concordavam Savonarola e a a Santa Sé. O que Pico de Mirandola fez para intelectuais, Savonarola quis dizer ao povo de Florença e de Itália no seu “Apologeticus interpretis”; a astrologia negava a “electio”, a escolha pessoal de vida; a causalidade é aceitável para assuntos contingentes, como Galileu iria demonstrar, mas o futuro humano não pode conhecido pelo intelecto humano. Também a constituição papal de 1586 condena a “astrologia judicial” como incompatível com a humildade do cristão. A segunda constituição de 1631 ataca a “astrologia política” que prevê a morte de princípes, devido às perturbações que causa, não pela impossibilidade da previsão.
O assunto tem curioso paralelo com as sondagens de opinião actuais e com o facto de muitos políticos conhecidos "irem à bruxa". Miterrand e Madame Soleil é apena a ponta do iceberg que se repercute em terras lusitanas lá para os lados da Lapa
15.1.06
Astrologia e má desmarxização
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