31.5.05
Que enigma!
Para saber por que razão os "insurgentes" Iraquianos continuam a matar-se para destruir a credibilidade do governo do Iraque, repare-se a posição do " novo governo" que atribui a culpa a Saddam Hussein da guerra com o Irão em 1980-88. Até agora, todos diziam que foi o apelo do Ayatollah Khomeini para que os Shiitas do Iraque destronassem Saddam que iniciou a guerra. Assim pensavam os EUA. Assim foi Rumsfeld oferecer auxílio militar e financeiro a Bagdad. Serão os novos governantes Ahmed Chalabis, comprometidos com Irão? Houve um milhão de vítimas na guerra. A revolta actual não é um "enigma" quando toda a população iraquiana pode ver os traidores no governo interino. Saddam atacou um país três vezes o tamanho do Iraque, sem mostrar a intenção de seguir para Teerão. Foi então que Khomeini, anunciou que Saddam Hussein estava na sua lista de inimigos... e pediu mudança de regime em Iraque, do secular para o fundamentalista. O Ayatollah morreu. Os americanos parecem ter cumprido o seu desejo.
30.5.05
Pelo "Sim" português e não pelo "Sim" europês
Só existem vitórias em política quando se sabe quem foi derrotado e quem e como explorar o sucesso. Em política a consequência é tudo.
O triunfo do "Não" em França por 55% contra 45% foi possível pela conjuntura da política interna francesa em que a extrema esquerda e a extrema direita, com aliados a puxar para o centro, conseguiram isolar o situacionismo da dupla Chirac- Raffarin. São estes os primeiros perdedores. Chirac tirará Raffarin para só perder metade.
O segundo perdedor é a imagem europeia. Os problemas resultam do facto do sucesso do "não" continnuar a serexplorado pelos adeptos do "sim", os governantes situacionistas. Isso significa que perante o mundo dos países em desenvolvimento - Mediterrâneo e África - e perante os EUA - a Europa deu uma prova de fraqueza e não de força. Afinal é BLAir que tem razão, e não os nove países que já ratificaram o Tratado.
Para a democracia portuguesa, são vitais duas coisas: Dizer "sim" À Europa e criar um novo sim ao aprofundamento da democracia. Quem me conhece, sabe que, como 17% dos Portugueses, e na última legislatura 82 dos deputados, defendo uma monaqrquia constitucional moderna como a garantia do "Sim" português e não pelo "Sim" europês.
Finalmente. Os franceses estão vivos. Dá todo o gosto ver perder o práfrentismo de Giscard, mesmo com custos políticos graves. MAs isso é a decisão francesa. Esperemos que cá não se encolham as mentes.
O triunfo do "Não" em França por 55% contra 45% foi possível pela conjuntura da política interna francesa em que a extrema esquerda e a extrema direita, com aliados a puxar para o centro, conseguiram isolar o situacionismo da dupla Chirac- Raffarin. São estes os primeiros perdedores. Chirac tirará Raffarin para só perder metade.
O segundo perdedor é a imagem europeia. Os problemas resultam do facto do sucesso do "não" continnuar a serexplorado pelos adeptos do "sim", os governantes situacionistas. Isso significa que perante o mundo dos países em desenvolvimento - Mediterrâneo e África - e perante os EUA - a Europa deu uma prova de fraqueza e não de força. Afinal é BLAir que tem razão, e não os nove países que já ratificaram o Tratado.
Para a democracia portuguesa, são vitais duas coisas: Dizer "sim" À Europa e criar um novo sim ao aprofundamento da democracia. Quem me conhece, sabe que, como 17% dos Portugueses, e na última legislatura 82 dos deputados, defendo uma monaqrquia constitucional moderna como a garantia do "Sim" português e não pelo "Sim" europês.
Finalmente. Os franceses estão vivos. Dá todo o gosto ver perder o práfrentismo de Giscard, mesmo com custos políticos graves. MAs isso é a decisão francesa. Esperemos que cá não se encolham as mentes.
29.5.05
Novos Pensadores do Islão
Foi lançado no dia 27 de Maio no Auditório 1 da Universidade Católica o livro "Os Novos Pensadores do Islão" de Rachid Benzine, da Editora Tribuna, com minha tradução.
Após palavras do editor Pedro Avillez, fiz a apresentação do livro salientando três pontos: 1. Trata-se de uma obra contra as teorias da conspiração que do lado do Islão e do Ocidente diabolizam o outro, como inimigo a abater e ignorar. 2. Trata-se de um panorama de grandes obras de hermenêutica do Corão e outros textos islâmicos que perfazem uma nova via de abordagem anti-fundamentalista. 3. Além de obra teórica é também uma obra de testemunho de solidariedade entre os crentes das religiões reveladas que experimentam perseguição e exílio em nome da crença em Deus. O lançamento teve lugar no âmbito do Colóquio Cristianismo e Islão perante o Estado de Direito e a Sociedade Democrática.
Após palavras do editor Pedro Avillez, fiz a apresentação do livro salientando três pontos: 1. Trata-se de uma obra contra as teorias da conspiração que do lado do Islão e do Ocidente diabolizam o outro, como inimigo a abater e ignorar. 2. Trata-se de um panorama de grandes obras de hermenêutica do Corão e outros textos islâmicos que perfazem uma nova via de abordagem anti-fundamentalista. 3. Além de obra teórica é também uma obra de testemunho de solidariedade entre os crentes das religiões reveladas que experimentam perseguição e exílio em nome da crença em Deus. O lançamento teve lugar no âmbito do Colóquio Cristianismo e Islão perante o Estado de Direito e a Sociedade Democrática.
22.5.05
Política internacional? Os jornais de massa, maxime Robert Murdoch têm a missão de fazer passar a celebridade por eficácia. Condi no Iraque ? Para quê capacete, se os outros não usam, excepto por profissão de tropa. O ar extra-terrestre das protecções kevlar é isso mesmo: os poderosos podem ter mais vida que os profanos. Quanto ao eterno feminino, evaporou-se com o ar macho de GI Jane da secretária mais poderosa do mundo. A senhora Rice voou do Qatar para Irbil, via Alemanha. Depois de helicóptero para Salahaddin para se encontrar com MAsooud BArzani. MAs nada transpirou. Para quê a notícia
20.5.05
OLIVENÇA 20 de Maio - por Carlos Luna
OLIVENÇA: DOIS SÉCULOS DE USURPAÇÃO
Em 20 de Maio de 1801, passam hoje 204 anos, a «Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença» foi ocupada militarmente pelos exércitos de Espanha. Iniciou-se a colonização e a espanholização de um território onde, desde sempre, florescera a cultura portuguesa.
Impediu-se o contacto de Olivença com o resto do país,escondeu-se aos oliventinos a sua origem, a sua história, a sua cultura,castelhanizaram-se os nomes, proibiu-se o uso da língua portuguesa. processo de colonização, aculturação espanholização,necessariamente apoiado na força e na repressão, encontrando a resistência surda dos oliventinos, continua ainda nos nossos dias.
Portugal e a cultura portuguesa defrontam-se com a ocupação e o sequestro de uma parte de si. A língua portuguesa - a pátria de Fernando Pessoa! - encontra-se diminuída na sua universalidade. Aqui, à nossa beira, em Olivença.
Em contraponto, também hoje, comemora-se o segundo aniversário da República Democrática de Timor Leste, proclamada em 20 de Maio de 2002. No outro lado do Mundo.
Tal como Timor Leste afastou o ocupante estrangeiro e iniciou a construção do seu próprio Estado, reservando à língua portuguesa uma particular importância, também Olivença obterá Justiça, resgatando a sua História e a sua Identidade, reencontrando-se com a Cultura e a Língua de Camões e de Pessoa!
Contra o silêncio e a indignidade, um passo por Olivença!
Lx., 20 de Maio de 2005.
Em 20 de Maio de 1801, passam hoje 204 anos, a «Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença» foi ocupada militarmente pelos exércitos de Espanha. Iniciou-se a colonização e a espanholização de um território onde, desde sempre, florescera a cultura portuguesa.
Impediu-se o contacto de Olivença com o resto do país,escondeu-se aos oliventinos a sua origem, a sua história, a sua cultura,castelhanizaram-se os nomes, proibiu-se o uso da língua portuguesa. processo de colonização, aculturação espanholização,necessariamente apoiado na força e na repressão, encontrando a resistência surda dos oliventinos, continua ainda nos nossos dias.
Portugal e a cultura portuguesa defrontam-se com a ocupação e o sequestro de uma parte de si. A língua portuguesa - a pátria de Fernando Pessoa! - encontra-se diminuída na sua universalidade. Aqui, à nossa beira, em Olivença.
Em contraponto, também hoje, comemora-se o segundo aniversário da República Democrática de Timor Leste, proclamada em 20 de Maio de 2002. No outro lado do Mundo.
Tal como Timor Leste afastou o ocupante estrangeiro e iniciou a construção do seu próprio Estado, reservando à língua portuguesa uma particular importância, também Olivença obterá Justiça, resgatando a sua História e a sua Identidade, reencontrando-se com a Cultura e a Língua de Camões e de Pessoa!
Contra o silêncio e a indignidade, um passo por Olivença!
Lx., 20 de Maio de 2005.
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