Só existem vitórias em política quando se sabe quem foi derrotado e quem e como explorar o sucesso. Em política a consequência é tudo.
O triunfo do "Não" em França por 55% contra 45% foi possível pela conjuntura da política interna francesa em que a extrema esquerda e a extrema direita, com aliados a puxar para o centro, conseguiram isolar o situacionismo da dupla Chirac- Raffarin. São estes os primeiros perdedores. Chirac tirará Raffarin para só perder metade.
O segundo perdedor é a imagem europeia. Os problemas resultam do facto do sucesso do "não" continnuar a serexplorado pelos adeptos do "sim", os governantes situacionistas. Isso significa que perante o mundo dos países em desenvolvimento - Mediterrâneo e África - e perante os EUA - a Europa deu uma prova de fraqueza e não de força. Afinal é BLAir que tem razão, e não os nove países que já ratificaram o Tratado.
Para a democracia portuguesa, são vitais duas coisas: Dizer "sim" À Europa e criar um novo sim ao aprofundamento da democracia. Quem me conhece, sabe que, como 17% dos Portugueses, e na última legislatura 82 dos deputados, defendo uma monaqrquia constitucional moderna como a garantia do "Sim" português e não pelo "Sim" europês.
Finalmente. Os franceses estão vivos. Dá todo o gosto ver perder o práfrentismo de Giscard, mesmo com custos políticos graves. MAs isso é a decisão francesa. Esperemos que cá não se encolham as mentes.
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