31.5.07

Nossa Senhora da Atalaia, por Pedro Cem

Nossa Senhora da Atalaia tem um altar no Cabo Espichel em Sesimbra. Quando sai à rua em dias de festa, no andor, aos ombros de quem conhece a morte no Mar, talvez se comova por esta dor e este amor ao infinito que já ninguém crê, que uns repetem sem saber e outros crêem, baixando a cabeça frente a um mundo que os gozaria se se tentassem exprimir.

"Há aqui lugar para uma lágrima", diz-me alguém que muito amo, no meio da sua confusão de frases desgarradas por uma doença de Alzheimer galopante.

Li hoje que uma mulher desesperada por não conseguir tratar da sua filha deficiente de 25 anos, a quem tinha de assistir a comer e a movimentar-se, escolheu o Cabo Espichel para se matar, a ela mais à filha. Aconteceu de manhã, quando toda a gente se incorpora na grande serpente de carros da margem Sul. Hesitou -- disso são testemunho as travagens do carro à beira do precipício . Por fim mergulhou dentro desse bem que foi uma das conquistas do nosso progresso: um carrito para todos. Mãe e filha tiveram morte imediata. Não era casada, vivia com um modesto Canalizador que tratou da mãe e da filha, desde que esta era bébé. O homem disse que além do fardo da filha deficiente, não encontrava outras razões para aquilo. É que no húmus dos canos se pode espreitar e, às vezes, ver o Céu...

Nossa Senhora da Atalaia, que guardo ao meu lado encostada a um livro. De pele branca e cabelo prêto, muito prêto e desalinhado como essas mulheres mediterrânicas, da Grécia talvez, que acordam zonzas numa terra de sol que não era delas, mas com a mesma sombra por dentro, que o Mar nos desenhou pelas escarpas. Eu sei que te condoeste deste drama e talvez a meio da queda tivesses agarrado estas duas mulheres unidas para sempre, desde a barriga da mãe. Como agarras os pescadores que caiem ao Mar, como os puxas para baixo ternamente, no teu manto azul, ao cabo da tormenta sem fim.

Não nos rejeites Mãe do Mar, Nossa Senhora da Atalaia. Não nos deixes despertos apenas ao leme, mas também para ver a dor dos outros que tantas vezes nos passa despercebida e nos ensines a ver estas famílias pequeninas e estropiadas que são o teu presépio, alumiado no egoísmo do Verão.

22.5.07

Simple Minds, by Pedro Cem

They were always the same. They didn't take longer than a second of a second in a small Universe, among Universes. They were just a dream of a minute. They did it all, all from California, first the snappy and clumsy gestures from the sixties, then the unbalanced walking on the high-heeled shoes from the seventies and the worried beards of the eighties, then again the disparaged looks of people payed to decay in slow motion. Dennis Wilson, the drummer of the Beach Poys, over successive desintoxications of booze and chemicals, said good-bye in Atlantic City, with his beautiful performance of "You are so beautiful (to me)", when nobody loved him any more. He took a bow, livid as death, and drowned a few days later in the Ocean. He used to say: what I'm really addicted to, is to see people in front of me, being happy, having a good moment. This meant nothing, neither in Politics, nor in Philosophy, but it meant something for this human being. Brian Wilson, the Poet who created " I heard a word/ wonderful thing/a children song", stood four years in a room, managing to avoid the world, until the others thought it was too subversive to wake up one morning and decide never to walk out again from bed.
But they left something. They were even polite to jazzers, saying in a sweet rock'n'roll song that they just missed the melody in modern Jazz. They resisted Vietnam with their frail lives, they missed the opportunity of Woodstock, they performed for Ronald Reagan in a humble way, just grateful for being received on the 4'th of July of 1986, with their beards and their different statures of american pilgrims, eroded by the wind which often whistles frozen cold through the walls of US hearts. They were genuinely happy for being invited after many difficulties and hesitations, due to their "leftist inclinations", as a kind of charity guests for the 200 hundred years of America. They didn't boast, they didn't choose the correct songs either and they shook hands with an eternal-youth Reagan, as southern soldiers surrendering to the North, still enormously strong in their humility and courage.
In the Beach Boys there is this innocence and purity of the pilgrims of the Earth. They got forever hypnotized by the sun in the waves which unfold as a fabulous animal, they could never close their eyes again in a never-ending daydream, they couldn't be violent, nor clever, nor strong. Simple peasants in front of the big, big ocean. Simple minds forever...doesn't this sound wonderful? And they were clever enough just not to wake up again, ever. The rest was just struggle to keep in front of the Sea, till the sweet primeval Wave took them home.
What I like in this kind of american pilgrims is they never, never managed to lose their humility...

13.5.07

O género literário do "convite para comunicação"

Devo receber por mês uns quatro ou cinco convites para ser orador em conferências. CREIO QUE ACEITO CERCA DE METADE. Devo fazer por ano umas vinte a trinta conferências, em 90% dos casos gratuitamente, quase sempre, mas nem sempre, com as despesas pagas de deslocação.
Mas este género literário do "convite" banalizou-se de tal modo que há quem julgue que basta MANDAR O SECRETARIADO carrgegar num botão de uma lista de e-mails para obter respostas com o requentado "Agradecendo desde já a sua colaboração, envio-lhe os meus cumprimentos."
Tendo eu recebido mais um desses "convites" abaixo transcrito, ocorreu-me responder e comentar o que ainda mais abaixo se transcreve e que espero tenha um sentido elevado.

Exmo. Senhor

Dr. Mendo Castro Henriques ( EU ATÉ SOU PROF. DOUTOR, DAQUELES COM AS DATAS CERTAS, E ISSO ATÉ LHES INTERESSA, MAS ENFIM: DEIXA P'RA LÁ)

Caro Amigo ( NÃO É EVIDENTE)

O IEEI lançou em Outubro de 2006 o II Debate Nacional sobre o Futuro da Europa, (NUNCA TINHA OUVIDO FALAR) um exercício de auscultação ( TERMO CIENTIFICAMENTE CURIOSO) das preocupações dos cidadãos portugueses no que respeita às grandes questões da actualidade europeia. O projecto é co-financiado (AINDA BEM PARA ALGUNS) pela Comissão Europeia no âmbito do seu ‘Plano D’ (D DE DÍVIDA? DE DEUTSCHLAND?; DE DARFUR? NÃO; É MESMO SÓ "D"... BRUXELICES)

Tal como no primeiro Debate Nacional, que decorreu em 2002/2003, (POIS...) o projecto vai culminar no II Congresso Portugal e o Futuro da Europa, (COMO É QUE CULMINA A AUSCULTAÇÃO ?) o momento por excelência para fazer o ponto do debate europeu em Portugal, nas vésperas do início da Presidência portuguesa da União Europeia e ainda na sequência do 50º aniversário dos Tratados de Roma. Esta iniciativa vai reunir personalidades ( PERSONALIDADES?? QUE GIRO!!! ) nacionais e estrangeiras ( ESTRANGEIRAS???? ENTÂO NÃO SOMOS TODOS CIDADãOS EUROPEUS???) que tenham tido um papel relevante no processo de integração europeia e se disponham agora a reflectir sobre o futuro da Europa (AINDA ESTÂO SÓ A REFLECTIR????).

Os trabalhos do Congresso de 25 e 26 de Junho, ( QUE INTERESSANTE ENVIAR calls for papers 40 DIAS ANTES..) como poderá constatar pelo programa em anexo CLARO QUE NÃO CHEGUEI A CONSTATAR COISA NENHUMA), desdobram-se entre sessões plenárias e grupos de trabalho (LUTA DE CLASSES EM PERSPECTIVA), sendo que para estes últimos foram identificados/definidos três grandes temas gerais: (REDUNDANTE)

Valores , objectivos e políticas da União

A Dimensão Económica e Social

A Europa no Mundo.

Nos grupos de trabalho serão apresentados e discutidos textos originais – a que chamamos ‘teses’ –, ( ISTO É, PARA O PROLETARIADO INTELECTUAL) que no seu conjunto serão um contributo para as conclusões do Congresso.

Para garantirmos (NINGUEM GARANTE NADA) o sucesso desta iniciativa, é importante contarmos com a participação daqueles que regularmente se dedicam a acompanhar as temática em discussão (AQUI ACREDITO). Assim, queria pedir-lhe que nos apresentasse uma tese (2 páginas A4) sobre o tema geral A Europa no Mundo, mais propriamente sobre Multipolaridade e Poder. Encontrará em anexo uma lista com os temas dos Grupos de Trabalho, e com os sub-temas. Se desejar apresentar a sua contribuição sobre um outro tema que não o sugerido, peço-lhe o favor de o indicar. (AQUI HÁ LIBERALIDADE. PENSANDO MELHOR: É O VALE TUDO..DESDE QUE ENCHA.)

A sua tese não deverá exceder os 5000 caracteres, e deverá ser enviada, caso aceite o nosso convite, o mais tardar até 31 de Maio. (AFINAL É SÓ 18 DIAS ANTES). A tese, para além de indispensável à boa organização dos grupos de trabalho, fará parte do volume de documentação distribuído a todos os participantes no Congresso, facultado à imprensa e difundido tão largamente quanto possível.

Aos autores de teses, que venham de fora de Lisboa, (O RESTO É PAISAGEM) o IEEI pagará a estadia nos dias do Congresso.

Agradecendo desde já a sua colaboração, envio-lhe os meus cumprimentos.


Caro Sr. NN:

Se assim o posso dizer, tenho todo o gosto em declinar o seu "convite".
Convites têm o seu formalismo até porque quem, como eu, não trabalha para a indústria dos pareceres nem opina em trabalhos subsidiados, apenas elabora trabalhos gratuitos se entender que os convites se revestem de relevância científica e nacional. Não é o caso.

O que me foi enviado foi um simples" call for papers", que lhe ficaria bem a si ou á sua organização assim designar e que pelos motivos aduzidos me fica igualmente bem recusar
Atentamente

Mendo Castro Henriques

10.5.07


Sai a 14 de Maio o livro «OErro da Ota e o Futuro de Portugal».

Prof. Eng.º António Brotas, Prof. António Barreto, Escultor Cerveira Pinto, Prof. Eng.º António Diogo Pinto, Prof. Doutor Galopim de Carvalho, Arq.º Carlos Sant'ana, Eng.º Frederico Brotas de Carvalho, Arq.º Gonçalo Ribeiro Telles, dr. José Carlos Morais, Major General PilAv, José Krus Abecasis, General José Loureiro dos Santos, Judite França, Arq.º Luís Gonçalves, Prof. Mendo Castro Henriques, Dr. Miguel Frasquilho, Patrícia Pires, Dr. Pedro Quartin Graça, Engº Reis Borges, Dr. Rui Moreira, Rui Rodrigues, Eng.ª Teresa Maria Gamito e Dr. Vítor Bento.
Mais informações aqui.
O panorama traçado pelos autores revela que não está apenas em jogo decidir se o novo aeroporto de Lisboa deve ser grande e substituir o da Portela; se deve ser mais pequeno e servir os voos de Baixo Custo e combinar-se com o actual, na solução Portela +1; ou se deve haver um novo aeroporto na grande banda de território plano entre Tejo e Sado que vai desde o Campo de Tiro de Alcochete até à Marateca. O que está em jogo exige começar por “sentir o território”; tentar perceber a geografia da região metropolitana de Lisboa; quais as potencialidades dos grandes estuários e a ligação dos corredores do Tejo e Sado; as vulnerabilidades da expansão a Norte do Tejo; a abrangência e as ameaças ambientais ao aquífero da península de Setúbal; a rede de ligações mar e terra, os portos e o transporte ferroviário e rodoviário.


Em segundo lugar, os autores deste livro rejeitam a Ota. Foi uma decisão mal preparada por sucessivos governos; mal fundamentada do ponto de vista técnico; acompanhada da ocultação e da manipulação de estudos; e desacompanhada por precauções relativamente à especulação fundiária:rejeitam o erro da Ota que contraria toda e qualquer normalidade de procedimentos de “bom senso”

Em terceiro lugar, aceitam que a Portela tem de ser complementada por um novo Aeroporto que deverá surgir de uma perspectiva de implementação faseada. O novo Aeroporto Internacional terá de reservar espaço de desenvolvimento para todo o século XXI. Para isso, o território em que se implanta deve ser bem compreendido, e as ligações com portos e ferrovias bem estabelecidas porque, em futuro próximo, as contingências ambientais limitarão a correcção de trajectória.
Mais notícias sobre o Erro da Ota. em primeira mão, aquino somosportugueses.

9.5.07

Uma Carta para o arraial do barrete frígio - MAnuel Alves

Sob o título "Aos Republicanos", o historiador João Medida publicou hoje no Jornal de Letras, uma Carta que julgo deve merecer a atenção de todos os que, como eu, entendem que a Instituição Real é a que melhor pode servir na Suprema Magistratura de um Estado verdadeiramente republicano e português.Pedindo perdão aos seus "compatriotas de barrete frígio", João Medina vem dizer "com franqueza e sem quaisquer intuitos de desafio ou provocação, a dois anos do centenário da data da implantação da I República", "em termos simples, cordatos e benévolos": "… não creio que valha a pena preparar, oficialmente, ou mesmo em meios académicos, a celebração dum mau defunto que foi esse regime de década e meia de vigência atarantada, e que, bem feitas as contas, teve nada menos do que 47 governos que a desgovernaram por trancos e barrancos (...) de atribuladíssima e caótica duração, com muitas bernardas castrenses de permeio, sedições várias, tumultos constantes e quase sempre mais ou menos sangrentos, de atropelos à legalidade e ditaduras disfarçadas ou às escancaras, sem falar da Ditadura das Urnas, com o 'partido democrático' do dr. Afonso Costa (aquele homem de Direito que foi uma vez ao Porto, em 1902, com uma soqueira, para agredir à traição o Sampaio Bruno), mais uma participação em tudo funesta e catastrófica nos conflitos europeu e africano, e, por fim, uma degola que nos privou da Liberdade, com certa lógica fatal depois de tanta bagunça, desassossego, insensatez política e falta de implementação mínima dum regime sério de Cidadania, Educação generalizada ou Progresso material, porquanto nem se educou o povo, nem se fez de cada português um cidadão livre, nem se melhorou a vida dos portugueses".A concluir, João Medina lança aos correligionários algumas perguntas: "Em 2010 vamos, em suma, celebrar o quê? O começo dum erro imenso e desastroso para o país que somos? A nova versão da comédia offenbaquiana da monarquia constitucional, agora em versão sanguinolenta? (...) Não seria melhor, em vez de celebrarmos o 5 de Outubro, rezarmos-lhe um responso (laico) pela pobre alma penada que ele foi? Antes isso do que comemorar uma República sem republicanos, como a nossa é."Fazemos nossas as palavras citadas do seu balanço da I República, mas acrescentamos ao desalento das suas interrogações finais: se o que é nefasto não se celebra, pode no entanto ser comemorado com a História diante dos olhos, como aliás o historiador, o ensaísta, e Professor Catedrático da Faculdade de Letras de Lisboa, acaba de fazer nos trechos que escolhi desta Carta. Como deixou escrito D. Jerónimo Osório, nas vésperas do nefasto 1580, "A História é proveitosa para adquirir prudência, poderosa para despertar virtudes, saudável para sanear as feridas da República".

Sarkozy -1, Ségolène - 0, par Pierre Nessuno

Qu'est-ce qu'il y a en commun entre Nicholas Sarkozy et le Philosophe Arthur Schopenhauer? On dit qu'ils ont, touts les deux, fait un pacte avec le Diable. Le premier parce que, pendant qu'il voulait dédier sa vie à la Philosophie et la Littérature, il a agréé à une voyage pour l'Europe que son père lui offrait, à condition que son fils accepterait devenir homme d'affaires comme lui. Il l'a fait, en comptant sur les bénéfices du voyage pour le développement de ses idées mais il a du donner presque 14 ans de sa vie dans un bureau, d'où seulement sa mère le libèra, brisé en larmes. Il est résté un homme amer et sensitif, d'une forme extrême, jusqu'à la fin de sa vie.
Et Sarkozy? On raconte beaucoup de choses vers son ambition demésurée, vers ses méthodes, mais, maintenant que le jugement des urnes s'est incliné vers lui, on ne voit que le splendeur du bâtiment, en oubliant les ombres de ses fondememts. Nicholas Sarkozy ne semble pas amer, bien que de la physionomie de deux, Schopenhauer et Sarkozy, se détachent les yeux bleus, vivaces et victorieux dans le visage tordu de Schopenhauer, insomnes et malins dans le visage exauste, presque déprimé, de Sarkozy. On dirait qu'en Schopenhauer , celui-ci a du tromper Mephisto qui revenait pour réaliser son crédit, tandis que Sarkozy semble encore très loin de ce moment-là.
Y-a-t'il une prière contre ces ombres? Oui. Il y a une prière pratique: une formule politique qui séduit la masse des citoyens en les poussant jusqu'à des choix de plus en plus étroits et irréversibles, est un règime qui conduit à la guillotine. La Gauche et la Droite ont été une création d'un vertige qui a mené, en peu de temps, le visage et la tête humaine d'une Nation a être tranchée. C'est vrai que le Parti Socialiste, autre Instituition de la France des Jacques du Moyên-Age et de la Fronde du Parlement de Paris, a créée le Front National, parce que les préocupations nationales et sociales étaient communes, entre gens de ville et gens de Province. Et c'est vrai aussi que la Superbe française de Napoléon a créée la Révolution Permanente et l'empire-ou-la-mort. Dans cette frime, dans cet'effroi, il n'y a lieu que pour un jour de tempête où se croisent les obscurités nuageuses et les éclairs étincelants. On doit faire un choix final, élire un Empereur et marcher avec lui.
Mais il me semble que, cette fois, la Marianne éloquente n'a pas été soumise ni par la violence, ni par l'amour, mais par la fuite, pendant que le vieillard des Guerres et des batailles, le breton de la Mer où les pêcheurs disent que c'est mieux ne savoir pas nager pour mourir sans douleur, s'est rétiré sous l'ombre inépuisable de la Méditérranée comme dans un coquillage.
Au millieu de tant de volonté de triomphe, de vólonté d'Empereur dans une Nation qui se prend pour la mère de toutes les Républiques, j'ai entendu quelqu'un qui a décidé de oublier cette chanson guerrière, chantée d'ailleurs avec des verses différents par des érangés vengeurs et par des vendéens en rage, la Marseillaise. C'était François Bayrou qui, en chantant tout seul, devant la foule de ses supporteurs, une simple chanson paysanne, du Sud, une chanson d'amour à la France et à la vie, a résumé, pour moi, la France pure et persistante de Ste. Jeanne d'Arc.
S'il était sorti vainquer ça signifierait une France plus soluble dans une Europe bureaucratique? Peut-être, mais ça serait une France plus humaine, aussi.

8.5.07

Shop until the planet drops , By: Jon Rynn

A specter is haunting the world, but it is not a well-defined ideology,
like capitalism or communism. And yet, since World War II, it has been
responsible for more destruction than these ideologies, creating a
civilization that is copied the world over, one that specializes in
using up as much oil and coal, forests and land as possible. It is the
specter of suburbanism, the idea that it is everybody’s God-given right
to live as far away from work, shopping, recreation and friends and
relatives as one wants to. Now that we are confronted with a virtually
intractable set of global problems, what is the recommended path to
global safety that seems to emanate from this “non-negotiable
lifestyle”? Shopping, of course!By compartmentalizing political, economic, and even
ecological theory,
the fate of the planet is being jeopardized. By concentrating on just
politics, a political theorist does not consider the importance of
being a good steward for the economy and ecosystems. The discussion of
political democracy is impoverished, because it should be clear by now
that excessive concentration of economic power leads to a thoroughly
warped democratic political system.

3.5.07

Blogues Militares



Creio que em POrtugal ainda ninguém falou deste tema - soldados que blogam.
Em Abril 19, o exército de ESTADOS UNIDOS proibiu os soldados de afixar blogs ou emitir mensagens pessoais do E-mail, sem primeiro serem autorizados pelo oficial superior. É a limitação mais forte em actividades da tropa desde o começo da guerra do Iraque. E poderia significar o fim dos blogs militares.
O Blog da Guerra (Simon & Schuster) 2006, N. York, é UM LIVRO REPLETO com os relatórios dos diários do Internet dos soldados americanos no Iraque e Afeganistão. Agarre-o antes das ordens recentes de 18 de Abril que estabelcerama censura dos blogs. O patriotismo do guerreiro puro é a linha comum destas reflexões, as cartas de amor e histórias de combate. Dá uma compreensão melhor na perspectiva do combatente .. Mostra também que o exército profissional de cidadãos das classes baixas quer "doing the job" e não colocar perguntas de politica nacional ou internacional.

Abaixo fica um excerto de um soldado blogger muito nacionalista que mostra a trapalhada civil militar em que a guerra de 4ª geração se tornou. Não existem combates puros mas operações controladas a montante e a juzante pelos oficiais politicos do JAG, os comissários políticos da democracia. è bom ou mau ? É assim!

Segue um excerto de
SI VIS PACEM PARABELLUM

2007.02.01
ONCE IN A WHILE A VETERANS THOUGHTS ARE ECHOED
This is not from me, it is a NCO in A'stan. MAJ K and I both liked what he had to say.

Things that I am tired of in this war:

I am tired of Democrats saying they are patriotic and then insulting my commander in chief and the way he goes about his job.

I am tired of Democrats who tell me they support me, the soldier on the ground, and then tell me the best plan to win this war is with a "phased redeployment" (liberal-speak for retreat) out of the combat zone to someplace like Okinawa.

I am tired of the Democrats whining for months on T.V., in the New York Times, and in the House and Senate that we need more troops to win the war in Iraq, and then when my Commander in Chief plans to do just that, they say that is the wrong plan, it won't work, and we need a "new direction."

I am tired of every Battalion Sergeant Major and Command Sergeant Major I see over here being more concerned about whether or not I am wearing my uniform in the "spot on," most garrison-like manner; instead of asking me whether or not I am getting the equipment I need to win the fight, the support I need from my chain of command, or if the chow tastes good.

I am tired of junior and senior officers continually doubting the technical expertise of junior enlisted soldiers who are trained far better to do the jobs they are trained for than these officers believe.

I am tired of senior officers and commanders who fight this war with more of an eye on the media than on the enemy, who desperately needs killing.

I am tired of the decisions of Sergeants and Privates made in the heat of battle being scrutinized by lawyers who were not there and will never really know the state of mind of the young soldiers who were there and what is asked of them in order to survive.

I am tired of CNN claiming that they are showing "news," with videotape sent to them by terrorists, of my comrades being shot at by snipers, but refusing to show what happens when we build a school, pave a road, hand out food and water to children, or open a water treatment plant.

I am tired of following the enemy with drones that have cameras, and then dropping bombs that sometimes kill civilians; because we could do a better job of killing the right people by sending a man with a high powered rifle instead.

I am tired of the thousands of people in the rear who claim that they are working hard to support me when I see them with their mochas and their PX Bags walking down the street, in the middle of the day, nowhere near their workspaces.

I am tired of Code Pink, Daily Kos, Al-Jazzera, CNN, Reuters, the Associated Press, ABC, NBC, CBS, the ACLU, and CAIR thinking that they somehow get to have a vote in how we blast, shoot and kill these animals who would seek to subdue us and destroy us.

I am tired of people like Meredith Vieria from NBC asking oxygen thieves like Senator Chuck Hagel questions like "Senator, at this point, do you think we are fighting and dying for nothing?" Meredith might not get it, but soldiers do know the difference between fighting and dying for something and fighting and dying for nothing.

I am tired of hearing multiple stories from both combat theaters about snipers begging to do their jobs while commanders worry about how the media might portray the possible casualties and what might happen to their career.

I am tired of hearing that the Battalion Tactical Operations Center got a new plasma screen monitor for daily briefings, but rifle scope rings for sniper rifles, extra magazines, and necessary field gear were disapproved by the unit supply system.

I am tired of out of touch general officers, senators, congressmen and defense officials who think that giving me some more heavy body armor to wear is helping me stay alive. Speed is life in combat and wearing 55 to 90 pounds of gear for 12 to 20 hours a day puts me at a great tactical disadvantage to the idiot, mindless terrorist who is wearing no armor at all and carrying an AK-47 and a pistol.

I am tired of soldiers who are stationed in places like Kuwait and who are well away from any actual combat getting Hostile Fire/Imminent Danger Pay and the Combat Zone Tax Exclusion when they live on a base that has a McDonald's, a Pizza Hut, a Subway, a Baskin Robbins, an internet café, 2 coffee shops and street lights.

I am tired of senior officers and commanders who take it out and "measure" every time they want to have a piece of the action with their helicopters or their artillery; instead of putting their egos aside and using their equipment to support the grunt on the ground.

I am tired of senior officers and commanders who are too afraid for their careers to tell the truth about what they need to win this war to their bosses so that the soldiers can get on with kicking the ass of these animals.

I am tired of Rules of Engagement being made by JAG lawyers and not Combat Commanders. We are not playing Hopscotch over here. There is no 2nd place trophy either. I think that if the enemy knew some rough treatment and some deprivation was at hand for them, instead of prayer rugs, special diets and free Korans; this might help get their terrorist minds "right."

I am tired of seeing Active Duty Army and Marine units being extended past their original redeployment dates, when there are National Guard Units that have yet to deploy to a combat zone in the last 40 years.

I am tired of hearing soldiers who are stationed in safe places talk about how hard their life is.

I am tired of seeing Infantry Soldiers conducting what amounts to "SWAT" raids and performing the US Army's version of "CSI Iraq" and doing things like filling out forms for evidence when they could be better used to hunt and kill the enemy.

I am tired of senior officers and commanders who look first in their planning for how many casualties we might take, instead of how many enemy casualties we might inflict.

I am tired of begging to be turned loose so that this war can be over.

Those of us who fight this war want to win it and go home to their families. Prolonging it with attempts to do things like collect "evidence" or present whiz bang briefings on a new plasma screen TV is wasteful and ultimately, dulls the edge of our Infantry soldiers who are trained to kill people and break things, not necessarily in that order.

We are not in Iraq and Afghanistan to build nations. We are there to kill our enemies. We make the work of the State Department easier by the results we achieve.

It is only possible to defeat an enemy who kills indiscriminately by utterly destroying him. He cannot be made to yield or surrender. He will fight to the death by the hundreds to kill only one or two of us.

And so far, all of our "games" have been "away games," and I don't know about the ignorant, treasonous Democrats and the completely insane radical leftists and their thoughts on the matter, but I would like to keep our road game schedule.

So let's get it done. Until the fight is won and there is no more fight left.



-D

I hope Big Army hasn't taken a piece of his behind...