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IN MEMORIAM - Manuel Ivo Cruz - Risco Contínuo
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Hoje, dia de Natal um amigo partiu. Conhecia-o há mais de 30 anos. Ultimamente apenas sabia notícias suas pelo telefone ou através de pessoas amigas. Data do passado dia 5 de Outubro a sua última aparição pública nos Paços do Concelho de Guimarães.
26.12.10
1.12.10
Primeiro de Dezembro
Patria Mare
Haverá um Céu onde as Pátrias vão
Quando, velhinhas e cansadas, não
Retêm mais as águas e, sorridentes,
Fecham os olhos e a boca sem dentes?
Haverá nestas águas libertadas
De Oceanos, ilhas e enseadas
Um rumor de águas calmas, afinal
Que lave as feridas de Portugal?
Tudo é verdade, tudo está certo,
Nada tem forma, tudo é assim.
O cadáver jogado ao Mar aberto
Como um destroço, voga mansinho.
Nas águas calmas, do mar sem fim,
É ele ainda que indica o caminho.
Haverá um Céu onde as Pátrias vão
Quando, velhinhas e cansadas, não
Retêm mais as águas e, sorridentes,
Fecham os olhos e a boca sem dentes?
Haverá nestas águas libertadas
De Oceanos, ilhas e enseadas
Um rumor de águas calmas, afinal
Que lave as feridas de Portugal?
Tudo é verdade, tudo está certo,
Nada tem forma, tudo é assim.
O cadáver jogado ao Mar aberto
Como um destroço, voga mansinho.
Nas águas calmas, do mar sem fim,
É ele ainda que indica o caminho.
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