Patria Mare
Haverá um Céu onde as Pátrias vão
Quando, velhinhas e cansadas, não
Retêm mais as águas e, sorridentes,
Fecham os olhos e a boca sem dentes?
Haverá nestas águas libertadas
De Oceanos, ilhas e enseadas
Um rumor de águas calmas, afinal
Que lave as feridas de Portugal?
Tudo é verdade, tudo está certo,
Nada tem forma, tudo é assim.
O cadáver jogado ao Mar aberto
Como um destroço, voga mansinho.
Nas águas calmas, do mar sem fim,
É ele ainda que indica o caminho.
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