31.3.05

O GAO sabe o que quer

«Eles não podem restaurar a ponte porque é património nacional», frisa Carlos Luna, (GAO) um descendente de bascos e de oliventinos, que sente todas as iniciativas espanholas como tentativas para apagar a presença portuguesa em Olivença. Dá-se, por isso, ao trabalho de produzir constantemente instrumentos de divulgação da cultura e história portuguesas. Isto porque, alega, as crianças da margem esquerda do Guadiana aprendem que Olivença ficou sob tutela espanhola devido ao dote de uma princesa ou em troca de Campo Maior. O próprio alcaide afirma que, depois da invasão do Alentejo, Espanha devolveu «o que não interessava» e ficou com Olivença.
Cerca de 400 oliventinos, numa população de 11 mil habitantes, já ouviram os originais de Zeca Afonso, Vitorino, António Barroso e Delfins. Tudo graças a Carlos Luna, que, pela calada da noite e quase como que numa actividade clandestina, oferece aos jovens de Olivença cassetes em português, com música ou com a história de Olivença. «As pessoas têm medo de ser vistas connosco», diz.

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