14.7.07

Jornal de Campanha III


MPT: Slots disponíveis, ruído controlado e segurança são razões para manter a Portela


Participantes na conferência do Movimento Partido da Terra (MPT), que marcou esta sexta-feira o encerramento da sua campanha para as eleições de domingo, defenderam que o ruído e o risco de despenhamento não são razões para fechar o aeroporto de Lisboa.
Sobre a possibilidade de uma catástrofe, no caso de um avião comercial se despenhar sobre Lisboa, membros da lista liderada por Pedro Quartin Graça, disseram que a probabilidade baixou, em 20 anos, de 25 para 0,6 por milhão de aviões que sobrevoam a cidade.
Os candidatos independentes, o professor universitário Mendo Castro Henriques como o engenheiro civil Frederico Brotas de Carvalho, acentuaram que também no caso do ruído o efeito é hoje muito inferior devido aos motores mais silenciosos utilizados pelas aeronaves comerciais de última geração.
A pista principal da Portela tem mais de quatro quilómetros e os aviões de nova geração, incluindo os que são usados pelas empresas de voos de baixo custo (low cost) apenas precisam de 2,2 quilómetros para se imobilizarem, explicou o engenheiro.
Assim, se fosse possível aquelas aeronaves aterrarem apenas a partir de meio da pista, isso permitiria que sobrevoassem a cidade a uma altura superior a mais do dobro do que fazem actualmente, com a consequente diminuição de ruído.
De resto, a condenação da construção de um novo aeroporto na OTA foi severamente criticada, tendo Castro Henriques classificado a ideia como um «embuste», já que a Portela está longe de estar esgotada e um novo aeroporto naquela localidade pouco mais capacidade teria que o actual.
Com a ampliação da área de estacionamento, a Portela, que atinge os 40 lugares actualmente, ficará com capacidade para 60 aeronaves na placa, número que será muito pouco superior na OTA, reforçou Frederico Carvalho.
Outro aspecto reforçado pelos defensores do actual aeroporto de Lisboa é a sua capacidade estar longe de esgotada. Presentemente, a média de aterragens e descolagens é de 36 por hora, enquanto a capacidade pode ir até aos 44, 45 movimentos, sustentaram. Foram apresentados os mapas com folga de slots.
O cabeça-de-lista, Pedro Quartin Graça, fez questão de salientar o empenho que a sua candidatura pôs na questão do aeroporto, recordando que a primeira e última iniciativas da campanha foram sobre o tema.
Diário Digital / Lusa

2 comments:

Anonymous said...

O Quartin Graça apesar de ser uma pessoa honesta, competente e inteligente, e defender boas ideias com as quais concordo, não tinha um Quartin de graça e quanto a carisma era nulo. Era cinzentíssimo. É pena. Para a próxima vocês se além de querer marcar presença quiserem ter uma votação significativa terão que pensar num candidato com mais salero. Ou então ter um bom coach para transformar este. Creio que em dois anos seria possível.

Boa sorte, porque as causas que vocês defendem são boas. Mas nos nossos dias tão audiovisuais e telegénicos há que ser pragmático. O candidato pode ter as melhores ideias do mundo mas se a sua imagem não as acompanha nada feito em termos de captação de voto.

Quartin para começar não tinha voz. Depois não tinha presença. Não tinha acting quality de espécie nenhuma. Hoje um político tem que saber tratar por tu as câmaras. O melhor é pôr o Quartin a ter aulas de dança com o italiano do dança comigo ou coisa no género. Ele precisa de soltar-se.

O facto dele estar muito preso, fisicamente falando, contribuiu para o péssimo resultado. 1050 votos é fraquíssimo. Família, amigos e apoiantes e duas ou três velhotas na ilha de jersey é que votaram nele.

Aulas de dicção também não lhe faziam mal nenhum. Resumindo: Postura e presença. As ideias já ele tem - mas não chega.

Também teria que percorrer alguma psicoterapia para evitar o ar angustiado de asceta. Portanto, segue-se que teria fazer uma dieta, das simpáticas, para engordar um pouco. O homem teria que transpirar joie de vivre. Transpira angústia, maceração, sofrimento, palidez. Para a Câmara de Lisboa não se pode escolher um homem com ar de anacoreta.

E imperativamente devia escolher outra roupa, porque aquela que ele usou era provinciana e puritana, rescendia a anos sessenta - e isso não dá um toque de conservador, mas de estagnador.

Mudar aqueles óculos terríveis de comissário ou de professor de seminário!

Enfim houve inúmeros erros de adereços, de treino de voz e postura. No entanto, haja esperança, que tudo é corrigivel. A aparência tem que ser uma extensão da essência íntima. E o Quartin tem-na, embora manietada.

Boa sorte, para a próxima, mas estejam certos de que se não levarem em consideração estes pontos, certamente não ter-ao melhores resultados. E isso é pena, porque como já disse as vossas ideias são boas, mesmo excelentes. Não tem é veículo à altura.

Paz na terra aos homens de boa vontade, mesmo quando tem triste e fraca figura,

Luís Sepúlveda, coach
(não sou o peruano)

mch said...

Sepúveda só pode ser nome de Grande TRANSMONTANO: Bruto, terra a terra, verídico e amigo.
Resumindo: V. tem razão. Obrigado. Se entender mande lá o mail para outros comentários menos evidenciáveis