17.1.05

Bondgirls e crianças mortas

Os neo-conservadores e seus aliados neo-liberais decidiram que o Presidente russo Vladimir Putin é o mais recente "fascista". Nicholas Kristof do NYTimes apresenta-o como o novo Mussolini ! Não há como os columnistas políticos, para se divertirem em fazer ondas. O problema é que se aplaude a "Revolução Laranja" na Ucrânia com o mesmo entusiasmo com que se fez guerra ao Iraque.
Segundo Justin Raimondo, o antiwar.com, Kristof anda a vender a retalho aos liberais o que os neocons têm vendido por grosso: a Rússia pretende reverter ao Estalinismo (ou fascismo). A etapa seguinte será o grito de alarme sobre o "rearmamento" russo; é preciso cercá-los do mar de Báltico ao Cáspio, com revoluções "democráticas"; com revoltas na periferia em direcção ao centro. Nova guerra fria para exportar a "democracia" e "mercado livre." Pat Buchanan alerta para o mesmo.
A nova Russofobia promete algo para todos. Se a Rússia não se dirigir para o fascismo, faz-se uma zaragata e o público americano começará uma nova guerra das civilizações. Zbigniew Brzezinski também considera Putin como um regresso ao Estalinismo. Ele e Kristof eram anti-guerra aquando do Iraque. Mas os conservadores e liberais estiveram unidos na oposição ao comunismo russo. As forças das trevas nunca dormem e achavam a guerra fria tão divertida quanto os filmes de James Bond. Só que em vez de Bondgirls, servem danos colaterais e crianças mortas.

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