No passado fim-de-semana, esteve em Lisboa Josep Carod-Rovira, o líder da Esquerda Republicana da Catalunha (ERC). O senhor Rovira veio a Portugal falar-nos da Ibéria. Declarou ao semanário "Expresso", também na passada semana: "Devemos passar de uma concepção unipolar do Estado para uma outra multipolar, que passe por Lisboa, Barcelona, Bilbau, certamente por Sevilha, e juntos poderemos acabar de alguma forma esta península que nunca foi concluída." Helena Matos alertou para este ponto.
Como defensor da Aliança Peninsular, entendo que que a Península tem dois pólos - Lisboa e MAdrid. Ambos devem estar unidos para projectar no mundo ibero-americano e africano os afectos e os interesses comuns. Ambos devem separar-se no quadro regional, que abrange Marrocos e o triàngulo Atlântico -Açores, Madeira, Canárias, e Cabo Verde - o que separa as duas nações-estado-sociedades.
O dirigente catalão Rovira tem, como lhe cabe, uma visão provinciana da questão. Por razões partidárias nem lembra a Galiza e , muito menos, Castela. É um discurso oportunista à pesca de apoios também oportunistas. Anda a dar recados no local errado porque desde 1640 que resolvemos este problema com a ajuda dos Restauradores e da protodemocracia de francisco Suaréz. A Catalunha poderá ser uma nação, como reconhece a Constituição Espanhola de 1975; mas querer repetir o apetite de Estado em 2005 é patético.
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