3.3.05

Guerra de Quarta Geração

A ameaça que a América enfrenta não é apenas terrorismo, que é afinal uma técnica de guerra. A ameaça é a chamada guerra da quarta geração, um fenómeno mais amplo, analisado por estrategas como Martin van Creveld (ISR), o coronel John Boyd e William S. Lind (EUA). A guerra da quarta geração marca a maior mudança qualitativa na conduta da guerra desde a paz de Vestfália de 1648. Tem três características centrais: 1) A perda do monopólio do estado na guerra e na lealdade primeira dos cidadãos e a ascensão de entidades não-estatais que comandam a lealdade de grandes grupos. Estas entidades podem ser religiões, raças, grupos étnicos, localidades, tribos, ideologias e mesmo multinacionais; as variedades são quase ilimitadas; 2) O retorno a um mundo de culturas em conflito, e não meramente de estados; 3) a manifestação do declínio do estado e a ascensão de novas lealdades em todo o mundo, no Ocidente e no Oriente, na Europa e na América.
Nenhuma força armada estatal sabe derrotar militarmente os oponentes da quarta geração. Politicamente, a característica mais fundamental desta guerra , é a crise de legitimidade do estado, que não é reconhecida em nenhuma capital nacional. Combinados, estes dois factos tornam a maior parte dos Estados vulneráveis a esta guerra.

2 comments:

Garcia Rothbard said...

Eu as vezes acho que estamos em uma nova guerra dos trinta anos, que o campo de batalha é mais amplo que o Iraque e que o próprio Oriente Médio.

Espero está errado.

Cordialmente, e pedindo desculpas pelo abuso,
Flamarion Daia Júnior

mch said...

concordo com amplitude de campo de batalha: mas a questão é mais a sobrevivência do estado contras os movimentos não-estatais