29.6.05
O pesadelo do primeiro-ministro
: "A proposito da recente manifestaçao das forças de segurança, lembra-se Joaquim Guerreiro que em 1923, realizou o primeiro filme animado português, chamado 'O Pesadelo de António Maria' (da Silva), o primeiro-ministro."
Perfeito Dirigente Europeu das Multinacionais
28.6.05
O método Monnet contra o neo-liberalismo
No IDN, há uns três dias, tal como noutros debates, António Vitorino foi interrogado por Miguel Matos Chaves sobre qual o modelo predominante no Tratado Constitucional Europeu: federalismo ou governamentalismo, supranacionalismo ou soberania nacional? A pergunta não faz sentido porque ao colocar em alternativa dois modelos abstractos esquece que, até agora, a integração europeia baseou-se no “método Monnet”. Construir uma Europa unida com base numa série de projectos concretos, cada um conduzindo ao seguinte. Monnet esperava que isto permitisse alcançar objectivos sem grande debate público, que considerava conduzirem ao impasse. Parece pouco mas é tudo.
A arrogância dos Convencionais e o cumprimento de recados americanos não esteve no conteúdo do Tratado que nem é “federalista”. Esteve em querer impor um decisionismo do sim ou não sem ligar o Tratado a projectos concretos contra o desemprego, pelo modelo social europeu, contra o neo-liberalismo. Aí Vitorino respondeu muito bem que a parte II, 3 do Tratado não mexe uma só palha nos programas económicos. E confessou-se não-federalista. Que o debte em abstracto não interessa. É sempre bom ouvir verdades.
A arrogância dos Convencionais e o cumprimento de recados americanos não esteve no conteúdo do Tratado que nem é “federalista”. Esteve em querer impor um decisionismo do sim ou não sem ligar o Tratado a projectos concretos contra o desemprego, pelo modelo social europeu, contra o neo-liberalismo. Aí Vitorino respondeu muito bem que a parte II, 3 do Tratado não mexe uma só palha nos programas económicos. E confessou-se não-federalista. Que o debte em abstracto não interessa. É sempre bom ouvir verdades.
26.6.05
Europa tem "dois amores": nações e multinacionais
A "Europa das nações" é o único bastião contra a "Europa das multinacionais" e contra o fim da democracia. Pode parecer paradoxal que a Europa das nações, a Europa intelectualmente mais avançada, tenha construído a Europa da supranacionalidade; mas uma grande ideia política reúne sempre a força dos opostos e apresenta-se como paradoxal; a Europa compreendeu que muitas decisões não poderiam ser tomadas pelos estados nacionais. E há ainda a democracia, a representação a sociedade civil. As instituições que representam a democracia defendem-se do superclã, que é o oposto da democracia. Não sei quem ganhará. Mas confio que os estados nacionais europeus, unidos, podem lançar uma ofensiva contra o fim da democracia planeada pelo super clã.
A Ideia Mundialista Dominante
A 12 de Janeiro de 2005, George W. Bush em entrevista ao Washington Times declarou: "Para ter uma ideia do que penso em política externa, leiam o livro de Natan Sharansky, The Case for Democracy : The Power of Freedom to Overcome Tyranny and Terror " É um grande livro. No dia 18 de Janeiro, Condoleezza Rice, declara que a missão da América é espalhar a liberdade e a democracia no mundo inteiro. A 20 de Janeiro, é o discurso de investidura de BUsh II; chegou o momento de democratizar com metralhadoras. O Washington post revela que o ministro israelita ajudou na redacção. A 23 de Fevereiro de 2005 em vésperas de encontro com Vladimir V. Poutin, Bush confirma que o projecto de "democratização" refere-se também à Rússia.
Fui ver o resumo do livro “A Causa da democracia" que Sharansky publicou em Setembro de 2004, com a ajuda de Ron Dermer. Classifica os Estados em duas categorias conforme o "teste do lugar público": se uma pessoa de pode manifestar na praça pública, está numa nação livre, se não numa tirania. As primeiras são democracias, as segundas tiranias. O homem aspira pela liberdade; as democracias são pacíficas, as tiranias declaram as guerras; os tiranos inventam inimigos.
A prisão deve ter feito mal a Sharansky e ele agora vinga-se. Dá-nos uma versão demente do que é uma nação, um país e uma sociedade. É absolutamente paranóico e aos que já têm o poder oferece uma fórmula branqueadora que justifica qualquer acto político de qualquer estado. Na Grécia dos filósofos seria considerado um “sofista liberal”.
Afinal quem é Natan Sharansky, o novo ideólogo mundialista? Sob o nome de Anatoly Sharansky, era cidadão soviético; nascido a 20 de Janeiro de 1948, Ucrânia, fez estudos de física e matemática. Em 1973, vê recusado o pedido de emigrar para Israel. Pede a ajuda dos Estados Unidos para forçar a URSS a deixar emigrar judeus. Estabelece contactos com os colaboradores do senador Henry Jackson: Richard Pearle, Elliott Abrams, Douglas Feith, Abram Shulsky, Paul Wolfowitz.
É condenado a 13 anos de prisão. Após cumprir 9 anos, obtém a liberdade. Em 1988, cria o Fórum sionista para o povoamento do Israel com judeus soviéticos. O seu partido político de extrema direita, o Yisrael B' aliyah, funde-se no Likoud.
Entra como deputado no Knesset e junta-se ao governo de Benjamin Nétanyahou, em 1996, como ministro do Comércio e a Indústria. Será ministro do Interior de Ehud Barak, e Vice-Primeiro ministro de Ariel Sharon, encarregado de Jerusalém e Diaspora. Em Setembro de 2001, na conferência mundial contra o racismo da O.N.U em Durban (África do Sul), impede uma resolução final que identifica o sionismo com o racismo. Israel e os Estados Unidos abandonam a conferência. A controvérsia perde-se com os atentados do 11 de Setembro Sharansky desenvolve o paralelo entre anti-americanismo, anti-sionismo e anti-semitismo. Sharon cria a "comissão de luta contra o anti-semitismo" com delegações em todas as capitais. A 30 de Janeiro de 2005, a "comissão " é elevada a órgão ministerial dirigido por Natan Sharansky.
Mais Palavras para quê? Por muito tempo ainda ouviremos o estertor dos que morrem por esta paranóia...
21.6.05
Cunhal, Vasco e Eugénio: De Roma por André Bandeira
As três fataças
Foram três os peixes que saltaram da telha neste Verão anunciado quente. Talvez como quando, há trinta anos, resolveram aquecer o Verão que se traduziu num esfriamento sucessivo, tão frio que os heróis de Portugal se terão hoje de ir aquecer nos currais como dizia outro maestro Fataça, desta vez disputando a palha aos porcos, como não previra Orwell.
O primeiro foi Cunhal. Entrevistei-o uma vez em 2000, em Paio Pires, para um jornaleco de Sesimbra. Quer dizer: fiz-lhe umas perguntas. O Homem entrou em braços mas, quando se sentou, entre risinhos, silêncios majestáticos e debitares ritmados, era o Cunhal de sempre. Nenhum político o vencia aos pontos. E, por cada vitória, mais fugíamos dele, da sua Soberba.
Curiosamente, a ideia com que fiquei foi a de que o Cunhal ‘era uma velha conservadora”. Algo nele era dogmático, doutrinário e pronto a gritar “Sacrilégio!”, como vi poucos. Despediu-se com galhardia romântica para um auditório predominantemente de velhos operários, enquadrados pela paisagem mortífera da antiga Siderurgia Nacional. Disse, com um pé no estrado como Cyrano: ‘ Camaradas: se sonhais em um dia ter uma casa, para viver, encontrar alguém com quem casar e talvez, ter um pouco mais de saúde…não desistam de sonhar!”. E saíu. Em braços. No delírio!
Cá fora, operários do Sul, num cenário desolador, humildemente agradecidos pelas minhas perguntas acutilantes mas respeitosas, ajudaram-me sem que ninguém lhes pedisse, a que eu tirasse o carro. Eu tinha-lhe perguntado “ Sr. Doutor: volvidos todos estes anos, não acha que a descolonização nos afastou definitivamente de povos, como os de África aos quais estávamos ligados?”. Uma moça angolana, sentada na mesa de honra olhou-me e ficou com um ar perdido no horizonte durante muito tempo porque há coisas no tom da voz que as palavras nunca exprimirão. Cunhal, o Grande, respondeu-me: ” O nosso Partido não fala em Descolonização mas em luta simultânea de libertação nacional, em África e em Portugal”. Ah, Cunhal, bela a “liberdade em simultaneidade” que em Angola os angolanos se continuaram a ‘libertar” por mais trinta anos, uns dos outros, até fazerem cerca de meio milhão de mortos ( contra os cerca de 12.000 da Guerra colonial) e que nós estamos bem perto de sofrer o eterno nascimento excruciante de Portugal!
A primeira Fataça a saltar da telha foi o Vasco Gonçalves. Não suportou certamente o calor com que incendiou o Portugal metropolitano em 75, turbando a visão do Povo para a sua missão universal e deixando-o num torpor de férias e festejo que dura até hoje, sobretudo na capital. Com ele ficou a sensação de que Portugal só tinha que ‘descomplexar-se” e passar a colher durante os próximos oito séculos, os frutos do Paraíso que semeara com todo o tipo de lágrimas, em oito séculos de História. Portugal passou a ser uma espécie de Guiné metropolitana, em libertação permanente, Portugal era afinal a “Ilha dos Amores” dos Lusíadas. Em cada rosto Igualdade, Terra da Fraternidade, eram todos uns gajos porreiros, todos de cara aberta sem táticas escondidas.
Pois o Vasco, que gozou de certeza, o legítimo desejo de um Povo encontrar um rosto Humano, numa varanda, que o espelhe, está resumido naquilo que revelou mais tarde ou seja que fora militante comunista desde muito antes do 25 de Abril. Mas que nunca dissera! E naquilo que Cunhal revelou em Paio Pires, como se fosse um doce, ou um Amor proibido mas comovente revelado ao fim de muitos anos: que tropas sublevadas no dia 25 de Abril marcharam pelos quartéis com a bandeira do Partido Comunista Português e que só a trocaram pela Bandeira de Portugal à saída, talvez para alguns inocentes marinheiros, julgando que faziam o que de melhor havia para a sua Terra, a beijarem de lágrimas nos olhos. Cunhal disse isto com orgulho senil ou eternamente infantil e acrescentou que havia fotografias.
Por fim, o pobre Eugénio de Andrade. Pouco sei de poesia para o julgar. Não o julgo certamente por aquilo que o caracterizou desde a nascença como agora alguns tresloucados me querem julgar a mim por sonhar em amar alguém de um Sexo diferente do meu e achar que esse amor deve ser das coisas que restam do Paraíso, neste vale de lágrimas.
Sei que os intelectuais da minha idade comunicavam esse seu amor singelo `as vezes com algumas das poesias dele. Descobri horrorizado mais tarde que alguma da sua poesia se inspirava em algo repugnante. Onde ele estiver, que dos três era certamente o mais inocente, que ele me perdoe por não o compreender inteiramente e que o sofrimento que teve na sua Casa da Ribeira, quando abriu lá um barulhento Pub, enquanto ele agonizava ( como um dia frente à do moribundo Ribeiro de Melo, pai, a Intersindical se recusou a desligar os altifalantes) aumentem o brilho do óbulo com que cerrou os dentes pela última vez, ao passar o Flégeton. André Bandeira
6.6.05
De Roma, o André Bandeira disseca o NON
The “NON” or the vain glory of triumph
After the Non to the Constitution in France, two echoes reverberated: the first was the “non’ to any kind of trans-state Constitution, the other was the “non” to the characters who were crafting the new framework of Europe. When there are so many Treaties succeeding each other in such a way that, nor even a student, can cope with the flow, it is because the juridical and conceptual framework “feels” uneasy with itself. Too many words mean too narrow a fortune. Too many leaves mean lesser grapes.
But who is to blame, for this multifarious “non”? Was it the conjuncture or was it the structure? Was it the complaint against the social ailments of Recession or the proud defence of the ‘cultural and national” roots? The only answer is: who cares, if the result was the same, anyway..?
I believe that the act of consulting the electorate on a crucial decision is becoming more and more an instrument of hostage taking. The Governments are becoming hostage of the humours of the electorates. Each time an electorate is acted by means of a social contract, the electorate breaks the contract. Nevertheless, the “root causes” are not only in the electorate who interacts with the Politician’s show as if it was zapping in a sofa, in a lazy afternoon but also among the Politicians themselves, who surprise more and more the Public, with breath-taking acrobatics.
To a conspiracy theorist, the referenda were launched, precisely, in order to produce a big “Non”, and, then, attribute it to the anonymous and irrational Public, burdening him with the responsibility of boycotting Europe at a juncture where this latter, either fructifies or dies. The French are “malin”, they say. They do not have a plan B, they are those ones who say “ Celui qui brille à la fin s’éclipse le premier”. Therefore they surely are the plan B “par excellence”. Moreover, if they do not manage applying their model to Europe, they remain a model to the world: a sound combination of Urban and Rural, of Tolerance and Tenacity, of Religiosity and Laicism, of Beauty and Beast, of Liberation and Empire. Haven’t they given the genetic code to the American and Russian Revolutions or even the Chinese one? After all, they are the country of the hidden History, of the Cathars, of Montségur, the holy Graal should be buried somewhere in the golden plains of Provence.
It may be that some French prefer to think that way or that they indulge in being flattered by keeping an ultra-romantic underworld like the sewers of Paris, which has always a way-out to the Opera stage. But they would rather keep being a country at the crossroads of Europe, a place where both the Germanic invasions, pushed by the Mongols once got stuck and where the Arabs did stop, if and only if these would have been events long gone by, with no prospective second leg.
How to avoid this pre-emption of the Public on the Politicians and the pre-emption of the Politicians on the Public? It seems that it is unavoidable that the debate will rage on, by all possible means. The only possible thing is to shake the dust off the coat and proceed with the debate, no matter the consequences. The Public is waiting as Director Stanislawsky who would ask for many repetitions until he could finally say to the exhausted actor” that’s fine. Now, you convinced me!”.
Europe cannot be constructed on the desktops by effeminate or elusive Bureaucrats, draped in silk, like the ‘installations’ of the German artist Christo, who enveloped once the Reichstag. By the way, some French said something, once, about what silk might have wrapped in. One needs an Europe created by the common man, otherwise what will remain in common will be second-handed politicians and the subtle Bureaucrats who have to stay away of their capitals so that they won’t be tempting everybody, all the time, with faustian pacts.
The Americans will be begin by feeling frustrated. They won’t be satisfied with some provisional gain they’ll have from the circumstantial disorientation of the Investors in the idea of Europe. They know that the competition between the two banks of the River of the world, the Atlantic ( that mouths in the Sea of the World, the ‘Pacific”) is always a castor’s dam in the stream. Sooner or later, Americans believe that the Enlightenment would unify and fluctuate like the bright stream over nationalisms and factinalisms. But now, they bump in a “NON” which is a “no” to them, as well.
The fact is that their “Non” is full of different “yes”. If yes means “to concord”, one will be surprised with the agreements that one can find over the Atlantic. However, the bridges will link different points from those ones that used to offer a passage to the other side. More and more Europeans will influence the choice of the US electorate, before influencing their own constituencies. There is no alternative and the European governments will have to follow in or pass to History, depicted as spin-doctors who had been finally spun by the Public.
When the Public says No it means, after all, “no to you!”. When it says maybe it says” pose me another question”. This time, in France, it was a No.
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After the Non to the Constitution in France, two echoes reverberated: the first was the “non’ to any kind of trans-state Constitution, the other was the “non” to the characters who were crafting the new framework of Europe. When there are so many Treaties succeeding each other in such a way that, nor even a student, can cope with the flow, it is because the juridical and conceptual framework “feels” uneasy with itself. Too many words mean too narrow a fortune. Too many leaves mean lesser grapes.
But who is to blame, for this multifarious “non”? Was it the conjuncture or was it the structure? Was it the complaint against the social ailments of Recession or the proud defence of the ‘cultural and national” roots? The only answer is: who cares, if the result was the same, anyway..?
I believe that the act of consulting the electorate on a crucial decision is becoming more and more an instrument of hostage taking. The Governments are becoming hostage of the humours of the electorates. Each time an electorate is acted by means of a social contract, the electorate breaks the contract. Nevertheless, the “root causes” are not only in the electorate who interacts with the Politician’s show as if it was zapping in a sofa, in a lazy afternoon but also among the Politicians themselves, who surprise more and more the Public, with breath-taking acrobatics.
To a conspiracy theorist, the referenda were launched, precisely, in order to produce a big “Non”, and, then, attribute it to the anonymous and irrational Public, burdening him with the responsibility of boycotting Europe at a juncture where this latter, either fructifies or dies. The French are “malin”, they say. They do not have a plan B, they are those ones who say “ Celui qui brille à la fin s’éclipse le premier”. Therefore they surely are the plan B “par excellence”. Moreover, if they do not manage applying their model to Europe, they remain a model to the world: a sound combination of Urban and Rural, of Tolerance and Tenacity, of Religiosity and Laicism, of Beauty and Beast, of Liberation and Empire. Haven’t they given the genetic code to the American and Russian Revolutions or even the Chinese one? After all, they are the country of the hidden History, of the Cathars, of Montségur, the holy Graal should be buried somewhere in the golden plains of Provence.
It may be that some French prefer to think that way or that they indulge in being flattered by keeping an ultra-romantic underworld like the sewers of Paris, which has always a way-out to the Opera stage. But they would rather keep being a country at the crossroads of Europe, a place where both the Germanic invasions, pushed by the Mongols once got stuck and where the Arabs did stop, if and only if these would have been events long gone by, with no prospective second leg.
How to avoid this pre-emption of the Public on the Politicians and the pre-emption of the Politicians on the Public? It seems that it is unavoidable that the debate will rage on, by all possible means. The only possible thing is to shake the dust off the coat and proceed with the debate, no matter the consequences. The Public is waiting as Director Stanislawsky who would ask for many repetitions until he could finally say to the exhausted actor” that’s fine. Now, you convinced me!”.
Europe cannot be constructed on the desktops by effeminate or elusive Bureaucrats, draped in silk, like the ‘installations’ of the German artist Christo, who enveloped once the Reichstag. By the way, some French said something, once, about what silk might have wrapped in. One needs an Europe created by the common man, otherwise what will remain in common will be second-handed politicians and the subtle Bureaucrats who have to stay away of their capitals so that they won’t be tempting everybody, all the time, with faustian pacts.
The Americans will be begin by feeling frustrated. They won’t be satisfied with some provisional gain they’ll have from the circumstantial disorientation of the Investors in the idea of Europe. They know that the competition between the two banks of the River of the world, the Atlantic ( that mouths in the Sea of the World, the ‘Pacific”) is always a castor’s dam in the stream. Sooner or later, Americans believe that the Enlightenment would unify and fluctuate like the bright stream over nationalisms and factinalisms. But now, they bump in a “NON” which is a “no” to them, as well.
The fact is that their “Non” is full of different “yes”. If yes means “to concord”, one will be surprised with the agreements that one can find over the Atlantic. However, the bridges will link different points from those ones that used to offer a passage to the other side. More and more Europeans will influence the choice of the US electorate, before influencing their own constituencies. There is no alternative and the European governments will have to follow in or pass to History, depicted as spin-doctors who had been finally spun by the Public.
When the Public says No it means, after all, “no to you!”. When it says maybe it says” pose me another question”. This time, in France, it was a No.
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5.6.05
Operação Gládio em Portugal
O livro de Daniele Ganser, da Frank Cass, saído em Dezembro de 2o04 descreve o exército secreto que existiu em quase todos os países da NATO desde o fim da Segunda Guerra Mundial, e criado pelo MI 6 e pela CIA. Em Portugal esteve activo, pelo menos até até 1975, quando alguns dos seus velhos membros ainda participaram no ataque coordenado às sedes do PCP no no Verão Quente. Como sempre, o nosso país saldou pela originalidade. O Exército Secreto da NATO actuou mesmo dentro do plano gizado trinta anos antes. Mas esta informação de fontes seguras não vem no livro.
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