3.2.07

Michael Bakunin

No Duas Cidades, irei colocando excertos do livro a sair ANIMAIS POlÍTICOS: DOS MEGALITOS AOS ASTRONAUTAS, resultante da antologia de artigos de Eric Voegelin e meus. Adiante se explicará mais. Começo por Bakunin.

Na existência de Michael Bakunin (1814-1876) tornam-se visíveis profundidades de Satanismo e o niilismo que estão cobertos por restos da ordem tradicional e por véus de utopias na vida e obra de outras grandes figuras da crise ocidental. Os Pré-positivistas do século XVIII quiseram destruir as civilizações históricas mas essa vontade à destruição ficou soterrada debaixo do programa de uma civilização utilitária mundial do bem-estar. Comte quis extirpar da civilização ocidental a cristandade e a metafísica; mas a vontade de destruição ficou soterrada debaixo do programa do cientismo e sua expansão mundial. No caso de Bakunin, os andaimes tradicionalistas ou futuristas são consumidos pela paixão de destruição: o passado deve ser destruído até às raízes, e o futuro não deve sequer ser imaginado por homens maculados pelo passado. A destruição é o trabalho de uma geração de sacrifício entre duas idades; os revolucionários só podem destruir; a edificação "de um mundo novo e glorioso em que todas as dissonâncias actuais serão dissolvidas na unidade harmoniosa" fica para os que virão depois de nós. Com Bakunin existência destrutiva do revolucionário aparece desnuda.

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