8.2.07

Sobre o Aborto, por Diógenes, o maltrapilho


Aceitar a interrupção voluntária de uma gravidez adquirida voluntariamente = aceitar o suicídio por influência externa ou a auto-mutilação

Aceitar a interrupção da vida= aceitar a morte voluntária

Falhar uma sistema de contracepção=aceitar a fragilidade de um sistema de contracepção

Responsabilizar a vida humana intra-uterina pelo fracasso da contracepção= culpar a vida intra-uterina

Votar Não mas defender a despenalização da Mulher que abortou, do pai ou de quem a levou a tal = desresponsabilizar a Mulher que abortou e os co-autores

Desresponsabilizar a Mulher que abortou e os co-autores= abdicar da defesa da vida humana intra-uterina

Sujeitar-se a um referendo que contraria o princípio da vida= aceitar que a Constituição não se baseia no princípio da protecção da vida

Votar num referendo que sujeita a vida humana intra-uterina à pena de morte= legitimar a pena de morte

Legitimar a pena de morte= substituir-se à Criação

Votar no Referendo= sujeitar o direito à vida e à liberdade a uma maioria aritmética de opiniões expressas num determinado dia

Sujeitar o direito à liberdade e à vida, a uma contagem de aspectos= perder o direito à vida e à liberdade

Responsabilizar a Mulher que adquiriu voluntariamente a vida intra-uterina= dar-lhe a possibilidade de invocar várias causas de exclusão dessa responsabilidade

Dar a possibilidade de exclusão da responsabilidade, antes ou depois do Aborto = admitir a escolha entre a vida da Mulher e a vida intra-uterina

Escolher entre duas vidas = salvar, no mínimo, uma vida, em vez de perder duas

Salvar uma vida em vez de perder duas = salvaguardar o valor da vida, no mínimo

Salvaguardar a vida no mínimo = salvar o mínimo existente em duas vidas

Salvar o mínimo existente em duas vidas = o mínimo físico do feto é um máximo vital, conseguido em milhões de anos

Consagrar o princípio da vida acima de tudo= estabelecer um principio de apreciação do início de uma vida

Estabelecer um principio de apreciação do início da vida= libertar esta apreciação da arbitrariedade dos indivíduos

Libertar da arbitrariedade dos indivíduos = estabelecer um canal de comunicação entre os indivíduos

Estabelecer um canal de comunicação entre os indivíduos = criar uma realidade comum, supra-individual

Criar uma realidade supra-individual, a par da realidade individual = estabelecer um género ao qual pertence o indivíduo

Estabelecer um género, a par das espécies = permitir a existência concreta das espécies em vez de um número infinito de géneros

Impedir um número infinito de géneros = permitir um número infinito de espécies concretas

Gozar com o Marcelo Rebêllo de Sousa = introduzir um saudável riso num referendo ofensivo dos princípios da paz social

Combater um Referendo ofensivo = valorizar indivíduos como Marcelo Rebêllo de Sousa que, heroicamente, e com perdas pessoais, conseguiu, uma vez, evitar o resultado de um referendo ofensivo

Propôr uma desresponsabilização penal, caso o referendo não venha a ter um resultado ofensivo = considerar o resultado não-ofensivo tão válido como um resultado ofensivo

Considerar ambos os resultados aceitáveis= não ter opinião sobre a vida

Não ter opinião sobre a vida= não defender o princípio da vida

Defender o princípio da vida= votar não e não se conformar com o resultado do referendo

Não se conformar com o resultado do referendo = participar nele exclusivamente como oportunidade de exposição dos malefícios de um referendo sobre a vida humana

Oportunidade da exposição dos malefícios = criação de um discurso de resistência

Criação de um discurso de resistência= fortalecer o princípio da Vida Humana




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