10.1.06

Aproxima-se a hora da verdade em Espanha

Segundo o EL País de 7 janeiro 2006) o comandante-chefe do Exército de Terra espanhol general José Mena Aguado afirmou publicamente em Sevilha que a perspectiva de um estatuto reformado de Catalunha "desencadeou entre os seus subordinados uma preocupação pelo futuro de Espanha". Advertiu "das consequências graves" que acompanhariam a aprovação do novo estatuto contra "os limites incontornáveis" da constituição. Nesse caso, o artigo 8 da Lei fundamental do Reino poderia ter de ser invocada porque coloca a responsabilidade nas forças armadas como garantes (Spain) da integridade nacional espanhola, da soberaqnia, da independência e do código constitucional. Não passou despercebido a ninguém que em 1936, houve anúncios semelhantes em Sevilha por um outro general do exército, Queipo de Llano.
O ministro espanhol da Defesa, José Bono, ordenou a prisão domiciliária, durante oito dias, do tenente-general José Mena Aguado, que anteontem afirmou que as Forças Armadas teriam de intervir se algum Estatuto de Autonomia ultrapassasse a Constituição. A sua destituição será proposta ao Governo espanhol, que o deverá demitir, três meses antes da sua passagem à reserva.
A reacção de seus colegas militares é ainda imprevisível, apesar de a Associação Unificada de Militares Espanhóis apoiou as medidas contra o general. "A democracia tem os seus lugares próprios para fazer política", afirma, em comunicado, onde acusa a cúpula militar de "estar conivente com algum partido", . Muitos que consideram humilhante a saída do iraque nas condições em que se processou recbem agora este segundo agravo do governo Zapatero.

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