2.2.06

Cuidado com os Idos de Março!

Depois de ter editado 23 livros das Batalhas de Portugal, e de uma longa conversa com uma minha fonte americana, posso chegar a uma conclusão sobre a actual guerra no Iraque, integrada na campanha conhecida pela designação histérica e discutivelmente constitucional nos EUA de “guerra ao terror”.

A maior parte das guerras não se desenrola uniformente mas com picos de violência, intervalos longos de Sitzkrieg, e depois violência concentrada e imprevisível para o adversário.
A guerra do Iraq segue este padrão. Donde podem vir as brutalidades?

* De Osama bin LAden - Na sua última (derradeira?) mensagem oferece tréguas aos EUA. Na guerra ssimétrica é esquisito o David oferecer tréguas a Golias. O Corão exige dos muçulmanos essa oderta antes de ataque. A al-Qaeda pode estar a planear um ataque novo nos EUA, aoníve do 11 SET. Poderia ser o "grande golpe" a mala com bomba nuclear que já foi desmontada a tempo em dezenas de filmes de Holywood. A oferta de tréguas é ALARMANTE.

* No Iraque, os Shi'itas estão matar ingleses em Basra. Moqtada al-Sadr fez a apologia do Irão.. Em Bagdade, os Shi'itas do governo estão quase fartos da interferência americana. A lua de mel anti-sunita está a acabar.

“It’s Kerry , it’s Sudan; it’s Bush, it’s Iran. O que os meus amigos me diziam há dois anos , écada vez mais verdae. Aproxima-se a guerra com Irão. Qual guerra ? Os esforços diplomáticos estão projectados para falhar, a fim de permitir a acção militar. O mais provável é acção tipo Osirak por Israel com aprovação e apoio americanos. As bombas Paveway ( 300) já lá chegaram. A vitória de Hamas nas eleições palestinianas deu força ao opositor principal de Olmert, “Bibi”, Benjamin Netanyahu do Likud. A maneira de Olmert mostrar ao eleitorado de Israel que é um homenzarrão como Bibi é dando pancada no Irão antes das eleições de Israel em 26 de Março e dando pancada nos colonos israelitas doravante clandestinos da Cisjordânia.Estra segunda parte já está.

A resposta do Irão poderá ser meia dúzia de mísseis Scud, fraquinhos no geral, mas muito chatos se caírem na Zona Verde de Baghdad. O Irão tem maneiras mais eficazes de responder. Pode fechar as suas próprias exportações de petróleo: pode minar o Golfo Pérsico e impedir as exportações dos outros; pode entrar na guerilha shii’ta do Iraque e no Afeganistão. Pode até cruzar a fronteira de Irão-Iraque com meia dúzia de divisões, matar uns 1000 americanos num ataque desesperado, tipo Ardenas, contra o exército americano de ocupação disperso na luta anti-guerrilha. Como nas Ardenas é preciso haver mau tempo, para diminuir o hegemónico poder aéreo americano.
Quando as operações de guerra estão espasmódicas, mas as forças adversárias ainda são fortes, é razoável esperar mudanças dramáticas. Cuidado com os Idos de Março.

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