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As ficções de Graham Greene servem
Sobre o papel futuro dos Estados Unidos, nada melhor que as suas palavras do padre Manuel Antunes sobre The Quiet American: “Sátira do homem americano, idealista, e ingénuo cheio de boas intenções crente nas grandes palavras abstractas e nas grandes teorias livrescas que age - ou crê agir - por desinteresse mas que ao mesmo tempo vai fazendo o seu negociozinho; que se apresenta como portador de uma larga bondade generosa mas cujas empresas por falta de fundo sentido humano, redundam em verdadeiros desastres.”[1][20] Escritas em 1967, estas palavras têm um sentido antecipador, à luz dos acontecimentos precipitados pelo 11 de Setembro de 2001. O “americano tranquilo”, e poderíamos dizer o “americano de exportação”, é o homem das ideologias vagas, dos slogans, das receitas gerais para males que são essencialmente particulares, da ausência do sentimento do trágico. Ter-se-á a América finalmente confrontado com a tragédia histórica no 11 de Setembro?
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