13.2.11

LXXII - (Re)leituras -- Informalisierung - Norbert Elias' Zivilisationstheorie und Zivilisationsprozesse im 20. Jahrhundert, de Cas Wouters, por André Bandeira

Este é um livro sobre o sociólogo Norbert Elias, alemão que se refugiou nos EUA e passou, depois, muito tempo, em Amesterdão durante os ano 60, quando a Holanda se tornara o pólo da informalização das relações humanas. O livro acaba num paradoxo: espera que a informalização e a democracia se espalhem rapidamente pelo mundo, de modo a ultrapassar a «doença infantil» da independência política e da industrialização, e acabar com as diferenças entre países ricos e países pobres. Mas diz que as oportunidades e os riscos deste processo dependem de como o possamos dominar. Ora o autor parte da ideia de que a informalização e igualização das relações entre os seres humanos, é uma vitória contra o Poder e o domínio. Mas o Desconhecido permanece. Então há que apostar num novo domínio. Num mundio livre, igual e global, o informal passará a racional e o formal (não obstante a tradição ritual da Humanidade) passará a atrasado mental. Diz ainda que a Segunda Guerra mundial teria socializado os reinos da Alemanha, os quais alimentavam uma tradição fidalga de desprezo dos plebeus. A Alemanha foi derrotada pela tradição francesa,onde uma só Corte, em Paris, equilibrava todos os segmentos sociais da França. Em suma, qual é o slogan? Apagar «os contrastes», essa maldição psicológica. E se esses contrastes, como os duma paisagem, tiverem uma lógica no subsolo, que lhes serve de base? Ah, isso, a Ecologia vai ter de exigir uma governação mundial, e a independência política, que chama de «doença infantil» se for uma faceta das condições ecológicas, de subsolo, vai ter de se arredar. Apliquemos o autor ao moderno Egipto: foi de facto a informalização que varreu um dirigente de gêsso. No «tu-cá-tu-lá», é verdade que há uma grande juventude mas também há a juventude da memória. E há também a busca de um algoritmo,sempre provisório, que nos estimula a continuar a correr, nem que seja para entorpecer a Mente, atrás do acontecimento. Uma teoria permite-nos tomar fôlego. E duas teorias permitem-nos marcar o ritmo. Regressamos ao estádio pagão, onde quem não é eternamente jovem e informal, é melhor sair. Ora isto não é informalização, nem democratização. É uniformização. Com uma teoria. Infelizmente, os fundamentalismos religiosos, ou jornalísticos, tanto mais mudam, quanto tudo fica na mesma.

1 comment:

Anonymous said...

Informatinormalização, do tu-lá-dá-cá.

Luc